quarta-feira, 1 de abril de 2009

Defesa de causas

Reparo que os media dão atenção a tudo e mais alguma coisa mas aquilo que pode, na minha opinião, ser um assunto divulgado entre amigos, de boca em boca, através de um blog e admitindo até que a sua causa é nobre esporadicamente num outro meio de comunicação social acaba muitas da vezes por ter excesso de protagonismo.

O problema destes casos é às vezes desviarmo-nos daquilo que realmente magoa e nos faz sofrer, muitas das vezes com consequências permanentes tanto para nós como os que nos rodeiam.
A minha raiva, a minha causa, a minha luta é a que seguramente muitos de vocês pensam e se assustam que possa ocorrer com vocês e com os vossos, falo de lesões permanentes e irreversíveis com consequências na qualidade vida.

Pego num exemplo recente, com divulgação na comunicação social e que considero uma causa nobre mas claramente com subaproveitamento de energias pois a mesma causa poderá facilmente ser tema secundário de um outro tema que esse sim, defendo, com unhas e dentes.
O que vos escrevo é sobre atropelamentos de peões e da injustiça na punição do condutor que seguramente e como todos devem concordar é bem mais grave que viaturas estacionadas em cima do passeio que impossibilitam a circulação de peões especialmente idosos e deficientes.
Não sou contra a causa, acho é que os peões devem preocupar-se primeiro em manterem-se vivos e só depois ( ou ao mesmo tempo ) se os passeios estão desimpedidos para circular.
Concordo que será divertido colar um auto colante com um gordo ( sugestão: se o objectivo era falar no umbigo deviam ter posto uma gaja boa e não um gordo ) com a viatura estacionada ao mesmo tempo numa passadeira e num passeio mas valorizo muito mais o famoso autocolante com um boneco a ser atropelado.

Por outra é a inércia deste pais de merda a começar pela policia e a acabar nos tribunais que nada faz para alterar esta situação, deixa-me extremamente revoltado.

Podem até questionar porque não faço nada, porque para fazer não era só para isto mas também para a igualdade social e isto meus amigos ainda não vai lá com blogs.
Não me conformo com o facto de hoje uma família honesta e trabalhadora perder o seu ganha pão e não saber como alimentar os seus filhos enquanto os políticos ( todos eles aqui não faço distinção ) vão ter um óptima refeição alguns deles em restaurantes de luxo e vão divertir-se a falar de merdices do dia a dia, nesta situação existe algo de errado não.

Para terminar e porque dizem que uma imagem vale mais que mil palavras façam vocês mesmo a avaliação do tema.





Não acham que os que defendem que a viaturas não podem estar em cima dos passeios poderiam também defender penas pesadas para os condutores que atropelam peões e a implementação de normas de segurança para peões com o objectivo de minimizar a morte dos mesmos por atropelamento.
Que nunca isto vos aconteça porque a mim já…

4 comentários:

  1. Para além de tudo o que escreveste há a acrescentar a brutalidade dos condutores portugueses que vivem na lei do entala e aperta porque têm de chegar mais cedo dois minutos ao seu destino, quando ficaram mais dez minutos do que deviam na cama! É a nossa realidade, os portugueses são doidos varridos e não cumprem os mínimos da segurança, é o que temos!
    Abraço!

    ResponderEliminar
  2. Apesar de achar que existe esse grave problema também não convém esquecer, e a quem já não aconteceu isso, que muitas vezes são os proprios peões que não têm atenção aos carros que estão a passar, e pensam que só por estar numa passadeira têm todo o direito do mundo de a passar sem olhar com cuidado.

    ResponderEliminar
  3. Jmagalha não se trata de atribuir culpas até porque o peão as tem no cartório, mas sim de um duelo desigual homem vs máquina, no final quem ganha?

    ResponderEliminar
  4. O JMagalha, tem alguma razão no que disse, nomeadamente naqueles casos em que o peão muda de direcção, sem ninguém estar à espera, e atravessa a passadeira.

    Mas também é verdade que em zonas com passadeiras, devemos ir atentos, e mais devagar, não vá alguém lembrar-se de atravessar (por direito próprio, consagrado no código da estrada) a passadeira, algo que a maioria dos condutores portugueses não faz nem compreende, porque, para eles, os peões são um empecilho!

    A mentalidade portuguesa funciona assim, de tal forma que, quando um peão que já está na passadeira para a atravessar, se um condutor pára para o deixar passar, agradece..., quando nem sequer teria que o fazer, porque a lei assim o obriga.

    PS: 90% das vezes, sou condutor, mas sei que é f.... ser peão, porque não tenho "chapa" à minha volta.

    ResponderEliminar